Opinião

Não se pode reclamar: fomos avisados...

Por Manoel Jesus
Educador
manoeljesus.blogspot.com

Os problemas do Rio Grande do Sul com as enchentes podem ser oportunidade das boas lideranças administrativas, políticas e empresariais mostrarem competência e visão de futuro. Para além das diferenças e dependência de esmolas, desde agora, governo do Estado e prefeituras precisam olhar para depois que as águas baixarem. Acompanhados pela sociedade, pois, infelizmente, fomos domesticados a aceitar, sem reclamar, termos um dos maiores volume de impostos do mundo com serviços que não correspondem.

Neste momento, a fanfarra de algumas autoridades propala haver dinheiro para todos os fins. Infelizmente, é apenas discurso, pois sabem que a sociedade se acomodou, ouvindo esta cantilena desprovida de ressonância no caixa. Capital existe, sim, porém, mal distribuído especialmente em manter quem se apropriou da máquina pública. É uma conversa comprida. Os bons quadros de todas as áreas dificilmente são ouvidos porque já apontaram os problemas e soluções, mas foram desconhecidos e criticados...

São tempos de exceção. No entanto, o consumidor não pode ser penalizado pela cadeia de perdas que inicia no produtor rural, passa pelo caminhoneiro e chega ao comerciante, especialmente o pequeno. Assim como quem viu estoques destruídos. Sem contar os reajustes criminosos de quem se antecipa ao que ainda vai acontecer. Um processo doloroso, sabendo que ficam cicatrizes. Não é hora de ganhar com a desgraça alheia, mas compartilhar perdas, minimizando especialmente para quem ficou desassistido.

Quem deseja silenciar os críticos aposta na memória curta do brasileiro. A crítica, em qualquer momento, é o respiro de sanidade mental e o freio para os desmandos das figuras públicas. Não se preocupa em fazer média com os administradores e políticos de plantão, sendo, muitas vezes, “uma voz que clama no deserto”. A generalização de que não se deve criticar agora, mas unir esforços, é uma falácia histórica desnecessária. No entanto, sempre repetida por administradores e políticos incapazes de inspirar confiança.

Falando o “gauchês”, políticos e empresários têm, na atual situação, um “cavalo que passa encilhado”. Chance para projetos que não sejam oportunistas, envolvendo setor público e iniciativa privada. Apesar da rasteirice de discursos que caem na vala comum, emergem lideranças e políticos de bom senso. Eles podem capitanear a recuperação do que se perdeu e traçar novo perfil para um estado cansado de viver de glórias passadas... Precisa trabalhar no presente, com um olho na estrada que se constrói para o “futuro”. ​​

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